A delegada titular da 134ª Delegacia de Polícia Civil, Natália Patrão, realizou uma coletiva de imprensa, nesta segunda-feira, 03, na sede o Instituto de Segurança Pública (RISP), em Campos dos Goytacazes, para comentar sobre a investigação da morte de Letycia Peixoto Fonseca, 31 anos, gestante assassinada no dia último dia 2 de março.
A delegada levantou novos fatos sobre a apuração que aponta como principal suspeito de ser mandante do crime, o professor e empresário Diogo Viola de Nadai, pai do bebê que ela gerava. Ele e outras duas pessoas envolvidas no crime estão presas preventivamente. Um outro suspeito teve prisão domiciliar decretada.
A determinação de prisão preventiva é para: Diogo Viola de Nadai (mandante), Fabiano Conceição Silva (atirador), Dayson dos Santos (condutor). Já a prisão domiciliar foi determinada para Gabriel Machado Leite (intermediador), pois ele tem 3 filhos com problemas de saúde. O proprietário da moto usada no dia do crime, foi ouvido e liberado do processo, por ausência de provas.
As explicações da delegada Natália Patrão sobre o inquérito foram acompanhadas também pelos pais da gestante assassinada. A titular da 134ª DP, relembrou o passo a passo de como o crime aconteceu cronologicamente. Diante do silêncio de Diogo, a delegada revelou que confrontou as informações obtidas com dois envolvidos no crime do dia 2 de março: do atirador que disparou contra a jovem grávida; do condutor da motocicleta usada no dia da execução; assim como as informações repassadas pelo proprietário da moto.
A arma e a motocicleta usadas no dia do crime até o momento não foram localizadas.
Natália Patrão afirmou que há várias evidências de que Diogo Viola seja o mandante responsável pela execução de Letycia Fonseca. O crime aconteceu na Rua Simeão Scheremeth, no Parque Aurora, em Campos. Letycia foi baleada cinco vezes por volta das 21h do dia 2 de março. Uma câmera de segurança filmou a ação dos bandidos. No momento do crime, a vítima estava na direção de um Volkswagen Gol branco pertencente à empresa na qual trabalhava como engenheira de produção. O veículo estava parado na frente da residência de familiares da gestante.
As investigações apontaram que Diogo teria planejado matar a amante na semana do carnaval por não aceitar a gravidez e arquitetou um plano com a ajuda de amigos. Para a investigação, a existência das duas relações amorosas foi crucial para o crime. A delegada pontua ainda que o professor tinha depressão e estava insatisfeito com os dois relacionamentos. Na semana do crime, ele teria feito pesquisas pelo celular “tristeza que não tem fim” e “vontade de se matar”.