Nesta quarta-feira (14), a Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, entrou com uma ação solicitando a cassação da chapa que reelegeu o governador Cláudio Castro (PL), e seu vice, Thiago Pampolha (União Brasil).
O Ministério Público Federal apontou que houve abuso de poder político e econômico, além de conduta vedada pelo uso de “folha de pagamento secreta”, com 27 mil cargos temporários na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado (Ceperj), e 18 mil nomes, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). As contratações teriam sido realizadas sem concurso e desrespeitando às normas de transparência.
A denúncia afirma também que os admitidos, na verdade, eram “apoiadores” que promoviam as candidaturas e atuavam como “cabos eleitorais disfarçados de servidores públicos temporários, o que denota gravidade suficiente para comprometer a legitimidade e a lisura do processo eleitoral…”, e que os investigados tinham prévio conhecimento dos atos ilícitos praticados e participaram ativamente deles.
Há ainda outras dez pessoas envolvidas, incluindo políticos eleitos à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa. As penas para os casos incluem a cassação dos eleitos, inelegibilidade por oito anos e multa.