Na semana em que o amor materno é celebrado em todo o país, a história de uma mulher corajosa inspira e emociona. Em 1989, ao dar à luz seu filho, a professora Rita Nolasco Manhães descobriu uma dura realidade: Macaé não tinha escolas preparadas para receber crianças com deficiência.
Diante da falta de alternativas, ela tomou uma decisão que mudaria não apenas a vida do filho, mas de centenas de outras famílias: abriu as portas da própria casa para acolher seis crianças com dificuldades neurológicas. Ao lado de outras cinco mães, fundou a Sociedade de Ensino e Terapia Macaense, mais tarde conhecida como Escola Sentrinho.
Naquela época, falar em inclusão era praticamente um tabu. Mas Rita sonhava com uma escola onde cada criança fosse respeitada em sua individualidade, aprendendo no seu tempo, com afeto e dignidade. E esse sonho se concretizou.
Trinta e seis anos depois, o Sentrinho já acolheu mais de 1.200 alunos e é referência em educação inclusiva. A escola é um espaço onde a diferença é reconhecida como riqueza, e não como barreira. Onde cada criança, jovem e adulto tem voz, vez e lugar.
Hoje, a instituição atua em parceria com a Prefeitura de Macaé, por meio da Secretaria Municipal de Educação. O que nasceu no quintal de uma casa, com o impulso de uma mãe movida por amor e urgência, virou um legado de transformação. Porque quando uma mãe decide lutar por inclusão, ela não muda só a vida do filho, ela muda o mundo ao redor.