A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai julgar na próxima terça-feira (29) o caso do “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos, preso desde agosto de 2021 pela operação Kryptos, da Polícia Federal.
O “Faraó”, dono da A G.A.S. Consultoria e Tecnologia, é acusado de fraudar R$ 38 bilhões em um esquema de pirâmide financeira. Estima-se que Gladson tenha deixado um prejuízo estimado em R$ 9,3 bilhões. O ex-garçom comandava os supostos esquemas a partir de Cabo Frio.
A acusação da CVM contra o “Faraó dos Bitcoins” responsabiliza Gladson por infrações graves: operação fraudulenta e realização de oferta de valores mobiliários sem a obtenção do registro e sem a dispensa. As acusações também pesam sobre sua esposa, a venezuelana Mirelis Zerpa, que está foragida.
As investigações da PF indicaram que Santos era responsável pela parte comercial do esquema, buscando novos investidores e liderando os outros integrantes encarregados de captar recursos. Mirelis Zerpa, com amplo conhecimento sobre criptomoedas, ficava com as operações. Após a deflagração da operação Kryptos, “foi ela quem realizou diversos e sucessivos saques”, que somaram R$ 1,063 bilhão, aponta a denúncia do MPF.
Santos alegou na CPI que não conseguiu honrar seus compromissos por culpa da PF: “A empresa G.A.S. não deixou de pagar os seus clientes. Ela foi violada pela PF e paralisou as suas operações”.