A celebração dos 210 anos de aniversário de Macaé já deixa saudades em quem festejou este longo caminho de história até aqui, onde a ‘Princesinha do Atlântico’ deixou de ser uma vila de pescadores para desabrochar como uma das mais importantes cidades para a economia brasileira. Dentro da programação cultural, a apresentação do Quarteto Paulo Lima, no Zampa Gastronomia, arrancou elogios do público, composto pelas famílias tradicionais macaenses misturadas às pessoas que também elegeram Macaé como moradia.
Foram dois dias de casa lotada para comemorar o aniversário dos 65 anos de Bossa Nova junto com o aniversário da cidade. “Eu fiquei impressionada com a qualidade do evento. Os músicos são extraordinários, com repertório maravilhoso. E o Zampa é um lugar perfeito para a realização de eventos musicais, pela beleza do espaço e comida de qualidade”, declarou a produtora cultural, Agnes Williams, que assistia ao show junto com o marido, o músico e geólogo Jaci Temóteo. Eles são pais da artista e multi-instrumentista, Kynnie Williams, que também divulga o nome do Macaé com a sua arte.
Artistas e músicos experientes compareceram ao evento para prestigiar Paulo Lima (violão e piano), junto com Wagner Moreira (sax e flautas), Leib Moraes (contrabaixo) e o percussionista Malaca. Participaram do espetáculo como convidados os violinistas Rubem Almeida e Mauricio Moreira (que está lançando um álbum violão solo), o contrabaixista Daniel Cuiabano, o gaitista Humberto Cure, e Francisco Citrangulo, ritmista que faz arte com maestria e originalidade.
“O Zampa Gastronomia foi pensado exatamente para movimentar a cena cultural de Macaé, cidade que eu escolhi para morar há quase 40 anos. Aqui é o palco e a casa dos artistas, com eventos para todos os gostos”, afirma o proprietário e chef, Édson Czelusniak, paranaense com coração macaense.
Paulo Lima, músico que dá nome ao quarteto e membro do Clube da Bossa de Macaé, ficou surpreendido com a repercussão do evento e fala que as próximas apresentações do Clube serão realizadas no Zampa, como ponto de encontro da classe artística. “Eu recebi muitas mensagens elogiosas sobre o evento. O sucesso foi tão grande que muitas pessoas participaram dos dois dias do show. O repertório foi escolhido com muito amor e estávamos cercados por músicos talentosos e uma plateia com bom gosto musical”, reforça, lembrando que a vida é mesmo a arte do encontro.
Para a beleza da música, o tempo é irredutível. Como disse Vinícius de Moraes, uma das famosas vozes da Bossa Nova: “Eu morro ontem. Nasço amanhã. Ando onde há espaço. Meu tempo é quando”. O saudosismo e o encanto desta poesia sonora ecoaram forte no coração do público do Zampa, criando um instante memorável de arte na cidade. “Este momento ficará gravado como um capítulo na história de Macaé”, emociona-se Paulo Lima.
Curiosidade sobre a Bossa Nova e a Petrobras
Você sabia que quando a Bossa Nova despontava no horizonte musical como uma suave adaptação ao samba de raiz, a Petrobras – responsável pelo crescimento das atividades empresariais em Macaé – também se fortalecia no País?! A Bossa Nova e a Petrobras são sinônimos de sucesso e da capacidade criativa do brasileiro. No caso da Bossa Nova, tornou o Brasil conhecido internacionalmente e até hoje é o estilo musical que mais retrata a cultura brasileira no mundo, inspirando gerações de artistas até hoje. A famosa “Garota de Ipanema”, por exemplo, é a segunda canção mais executada da história da música mundial, gravada e regrava em muitos idiomas por várias celebridades. E a Petrobras fez de Macaé a ‘Capital Nacional do Petróleo’. União de histórias celebradas com música, talento, gastronomia e alegria. “A gente leva da vida a vida que a gente leva”, Tom Jobim.