Nesta quarta-feira (9), a Prefeitura de Cabo Frio negou a acusação feita pelo município de Linhares (ES), que afirmou ter recebido 12 pessoas em situação de rua enviadas da cidade fluminense sob falsas promessas de emprego. Segundo Thadeu Couto, coordenador da Casa de Passagem de Cabo Frio, o grupo teria solicitado voluntariamente o retorno ao Espírito Santo e assinado documentos autorizando o transporte.
Por meio de um pronunciamento oficial, Thadeu afirmou que as 12 pessoas envolvidas não são naturais ou residentes de Cabo Frio, e que algumas delas são oriundas do Espírito Santo. Ainda de acordo com ele, essas pessoas chegaram ao município durante a alta temporada, em busca de oportunidades de trabalho. Após utilizarem os serviços de acolhimento da Casa de Passagem, relataram espontaneamente o desejo de retornar ao estado de origem para buscar novas oportunidades, principalmente na colheita do café, atividade em que alguns já haviam trabalhado em anos anteriores.
Tadeu ressalta também que cada pessoa assinou uma autorização, com nome completo, CPF e assinatura, declarando ciência de que a Casa de Passagem se responsabilizaria apenas pelo transporte, não havendo qualquer intermediação de emprego, contato com fazendas, empresas ou oferta de vagas em outro município.
O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Espírito Santo, que investiga se houve alguma irregularidade no envio do grupo. A Polícia Civil também instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do deslocamento e identificar possíveis responsabilidades.