Uma das questões de Língua Portuguesa da prova de nível médio para o cargo de professor, aplicada no último domingo, dia 13, pela Prefeitura de Macaé, no estado do Rio de Janeiro, é anulada.
Elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a questão exigia que o candidato identificasse uma frase que não expressasse uma crítica ao fato de “a mulher falar demais”.
Entre as alternativas, estavam frases como: “A língua é a última coisa que morre numa mulher” e “Gosto de mulheres jovens: suas histórias são menores”.
Em comunicado, a FGV confirmou a anulação da questão por “não estar alinhada aos princípios” da instituição.
Em uma postagem no Instagram, o deputado federal Reimont (PT) classificou como machista e misógino o conteúdo da pergunta. O parlamentar também enviou um ofício à Fundação Getúlio Vargas solicitando explicações. No documento, ele argumenta que a questão abordou “de forma pejorativa todas as mulheres”.
Por nota, a Prefeitura de Macaé divulgou que “repudia qualquer conteúdo ofensivo nas questões de provas em concurso público no município. Vale ressaltar que, cumprindo a lisura do processo e os critérios de confidencialidade, as questões de prova não são aprovadas previamente pela prefeitura, sendo restritas à banca Examinadora contratada, a FGV”.
A Prefeitura de Macaé solicitou posicionamento oficial do órgão, que por sua vez, anulou as questões 1 e 4 de Língua Portuguesa do Módulo I de Conhecimentos Básicos da Prova Tipo 3, aplicadas para os cargos de Professor A, Professor AEE e Professor A (Tradutor e Intérprete) da Administração Pública Municipal Direta do Município, por não estarem alinhadas aos princípios da instituição.