O Ministério Público Federal (MPF) denunciou a Prefeita de Quissamã, Maria de Fátima Pacheco (UNIÃO BRASIL), o Chefe de Gabinete Luciano de Almeida Lourenço e o empresário campista André Luis Ribeiro Borges (dono da empresa ABM SAÚDE) pelos crimes de Corrupção Passiva, Corrupção Ativa e Lavagem de Dinheiro. O trio é investigado na Ação Penal nº 5009009-63.2024.4.02.0000 no Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF2), em um desdobramento na Justiça Federal da Operação Dama de Espadas, deflagrada em Março de 2022 pelo MP-RJ, e que gerou um Mandado de Busca e Apreensão na casa da Prefeita Fátima Pacheco. A Ação desdobrou para a Justiça Federal porque a Prefeita Fátima Pacheco possui foro privilegiado e porque o MPF apurou que foram utilizados recursos federais do Programa de Enfrentamento ao Coronavírus no suposto esquema de corrupção envolvendo a Prefeitura de Quissamã e a empresa ABM SAÚDE durante a pandemia de Covid-19.
Na denúncia assinada pelo Procurador Federal José Augusto Simões Vago, o Ministério Público Federal expõe com detalhes como a Prefeita, o Chefe de Gabinete e o empresário usaram um provável esquema de corrupção dentro da Secretaria de Saúde de Quissamã para fraudar licitações e favorecer ilegalmente a empresa ABM SAÚDE para montagem de um Hospital de Campanha durante a pandemia. Ainda segundo o MPF, a Prefeita Fátima Pacheco e o Chefe de Gabinete Luciano Lourenço teriam recebido alta propina do empresário André Luis Ribeiro Borges através de cheques a terceiros para pagar dívidas que Fátima e Luciano tinham com o ex-Prefeito de Cardoso Moreira, Genivaldo Cantarino, testemunha que virou peça chave na denúncia por fornecer provas das evidentes vantagens indevidas recebida pela Prefeita e seu Chefe de Gabinete. A investigação contou até com uma sofisticada extração de mensagens criptografadas nos aparelhos celulares aprendidos da Prefeita Fátima Pacheco e do empresário André Luis Borges durante a Operação Dama de Espadas.