A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira, 25, a Operação “Última Chamada” em Cabo Frio. O objetivo é reprimir a prática de crimes cibernéticos, que segundo a PF, foram cometidos um homem e uma mulher que atuam como operadores de telemarketing. Os agentes cumprem um mandado de busca e apreensão na residência do casal investigado.
Segundo a PF, o casal é suspeito de usar o CPF de um terceiro para criar uma conta falsa na plataforma do Governo Federal, com intuito de receber uma quantia referente à restituição do Imposto de Renda da vítima.
A investigação teve início em 2023, quando a Polícia Federal foi procurada por uma pessoa que relatou a subtração de uma quantia relativa à sua restituição do Imposto de Renda do ano de 2022.
Os valores em questão foram pagos para uma pessoa desconhecida, que fez uso do CPF da vítima para receber o dinheiro, via Pix, em conta bancária desconhecida pelo denunciante.
A vítima teve a informação de que seu nome havia sido registrado em uma conta na plataforma do Governo Federal, a qual nunca tinha sido acessada e continha no cadastro dados de telefone e e-mail desconhecidos pela vítima.
Segundo a Polícia Federal, ao acessar a plataforma, os investigados alteraram a forma de pagamento da restituição do Imposto de Renda da vítima, efetuando um cadastro Pix em seu CPF por meio de conta falsificada criada em um aplicativo referente a um programa de fidelidade de uma empresa brasileira de postos de gasolina.
O denunciante afirma que nunca abriu conta no programa de fidelidade e que não possuía qualquer Pix registrado em seu nome.
A atuação do casal pode ter sido favorecida porque ambos atuam como operadores de telemarketing, o que facilita o acesso a bancos de dados de operadoras e instituições.
A investigação aponta que esta, provavelmente, não foi a única vítima do casal, já que existem indícios da prática de outras fraudes por parte dos investigados.
O casal vai responder pelo crime de furto mediante fraude.
“A Polícia Federal dará prosseguimento à investigação para analisar e identificar o envolvimento de outras pessoas, bem como de outras fraudes possivelmente praticadas pelos acusados”, afirma a PF.