A Petrobras prevê prazo de 30 dias para consertar cabos de estabilização de uma plataforma de produção de petróleo e gás que se romperam nesta semana. De acordo com o Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense), duas amarras da P-31 estão rompidas, comprometendo a segurança da ancoragem. O problema foi registrado na 5ª feira, 06.
O rompimento de amarras é considerado um problema grave, que pode comprometer a segurança da ancoragem, colocar em risco os trabalhadores e até causar o afundamento da unidade. A situação de emergência foi constatada na manhã de sexta-feira (07), durante uma auditoria de técnicos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em resposta ao Ofício 166/2023 enviada pelo Sindipetro-NF, a Petrobras reiterou que a plataforma se encontra em parada de produção. Segundo a nota da companhia, o fluxo de hidrocarbonetos que circula pelos dutos e risers da unidade foi interrompido e segue em andamento sua despressurização. Tais medidas visam a garantir a segurança da instalação e da força de trabalho a bordo, não havendo risco adicional em relação à habitabilidade da plataforma. Adicionalmente, além da primeira embarcação já conectada para pull-back, duas embarcações adicionais AHTS foram mobilizadas para resposta, objetivando a recomposição provisória da condição das amarras.
“Os embarques e desembarques seguem sendo realizados respeitando a segurança e as condições meteorológicas adversas no campo de Albacora nos últimos dias. Não há, até o momento, a necessidade de extensão do desembarque a todos os trabalhadores, seguindo a Petrobras a análise criteriosa dessa situação de emergência”, informou a Petrobras.
A P-31 está fundeada no campo de Albacora, um dos mais antigos da Bacia de Campos e que apresenta declínio na produção em função do fim da vida útil dos poços. Trata-se de um navio-plataforma flutuante e do tipo FPSO (unidade que produz, armazena e transfere óleo), dependendo das amarras para garantir estabilidade.