José Eduardo Neves Cabral se apresentou na tarde desta quinta-feira (24) na Superintendência da Polícia Federal (PF), na Praça Mauá, onde foi preso. À noite, foi levado para o Presídio Frederico Marques, em Benfica, para aguardar audiência de custódia.
Nesta quarta-feira (23), ele foi um dos alvos da “Operação Smoke Free”, que investiga “uma organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros”. Mas não foi encontrado no momento da ação.
Conforme dados coletados, entre as funções de José Eduardo no esquema estava pagar propina a funcionários públicos. No total, 27 pessoas estão supostamente envolvidas no crime, mas somente doze foram presas, dentre eles, o Policial Federal Allan Cardoso Inácio de Assis.
No processo investigativo, iniciado em 2020, consta que desde 2019, o grupo criminoso “reiteradamente, com falsificação ou não emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas, como facções e milícias”. A quadrilha contava com “uma célula de serviço paralelo de segurança”, coordenada por um policial federal e integrada por policiais militares e bombeiros.
A PF afirma que o grupo criminoso é responsável por causar prejuízos à União de cerca de R$ 2 bilhões. A força-tarefa conta com o apoio da US Homeland Security Investigations, a Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos.
A defesa de José Eduardo Neves Cabral diz que ele está seguro de que “sua inocência será provada no decorrer do processo”.