A falsa vidente Diana Rosa Stanesco, de 37 anos, que estava foragida da “Operação Sol Poente”, organizada pela Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti), foi presa nesta terça-feira (16), em Saquarema.
Ela e seu pai, Slavko Vuletic, eram os únicos foragidos da ação que prendeu uma quadrilha acusada de lesar Genevieve Boghici, de 83 anos, em um golpe estimado em R$ 725 milhões, no Rio de Janeiro. Slavko também foi preso.
Genevieve é viúva do colecionador e marchand Jean Boghici, morto em 2015.
Diana Rosa, que tem 10 anotações criminais em sua ficha policial, foi a primeira falsa vidente a abordar Genevieve na rua com uma falsa previsão de que sua filha estava muito doente e iria morrer se não fosse alvo de um trabalho espiritual.
O plano foi elaborado pela filha de Genevieve, Sabine Boghici, e sua companheira, a também falsa vidente Rosa Stanesco, conhecida ainda como Mãe Valéria de Oxóssi, para tentar acessar parte da herança de Sabine.
O inventário dos bens de Jean Boghici está na Justiça desde 2015, e tem Genevieve como inventariante. Participaram do golpe ainda Jacqueline Stanescos e Gabriel Nicolau, prima e filho de Rosa, respectivamente. Ronaldo Ianov, sogro de Diana, também foi investigado, mas morreu antes da operação. Sabine, Rosa, Jacqueline e Gabriel estão presos temporariamente.
De acordo com a polícia, Sabine e Rosa Stanesco, quem têm um relacionamento estável, planejaram desviar os bens da idosa com o golpe espiritual.
O tal trabalho espiritual começou com grandes transferências de dinheiro, depois passou a cárcere privado da idosa, durante a pandemia, e o posterior roubo dos quadros famosos, como a tela de Tarsila do Amaral. Ao todo, o prejuízo é estimado em R$ 725 milhões.